O papa Francisco pediu, nesta quinta-feira (18), em seu retorno à Itália de uma visita apostólica ao México, a "refundação" da União Europeia, explicando que tinha aceitado a título excepcional, por este motivo, receber o prestigiado Prêmio Carlos Magno.
"Onde estão um Adenauer, um Schuman hoje? Depois de duas guerras eles fundaram a União Europeia", lembrou aos jornalistas no avião que o trouxe de volta do México para Roma.
"A Europa tem tal força, tal cultura que não deve desperdiçá-la. Temos de fazer tudo para que siga em frente", suplicou ele, enquanto a Europa enfrenta há dois anos dúvidas e muitos desafios que a dividem, da crise da dívida até a questão dos migrantes.
Neste contexto, o papa insistiu várias sobre a "refundação" do projeto europeu em geral. A Europa "não deve ser uma avó, mas ser mãe" de novo, lançou. O papa indicou que iria receber em maio o prêmio, mas no Vaticano, e que "o ofereceria à Europa".
O Prêmio Carlos Magno, concedido anualmente pela cidade alemã de Aachen, premia uma personalidade que está comprometida com a Europa e a sua unificação.